POEMA

O CANTO DA ESTRELA


Sobre o sangue, em charcos, no sendeiro,
já semeado de crimes e de espanto,
a estrela redentora com seu canto
brilhou num céu claro de Janeiro.
Desperta, limpa, pura, e pela força
de Fidel e do seu povo suspensa,
já nada haverá que o seu caminho torça
nem que brilhar, em toda a luz, impeça.

Em toda a luz de honra e de decoro
e jamais rebaixada e de joelhos.
A besta negra que a noventa milhas,
do lodo putrefacto do seu oiro,
a nossa Pátria, por pequena, ofende
e por livre maltrata e insulta,
não mediu o tamanho da estrela
que em seu sangrento triângulo se acende.

A guerra imperialista que a espia
desde a podridão da sua escória,
verá que sua medida não está feita
senão à medida da vitória.
O gigante Golias foi tombado
por David, cuja funda enfurecida
tem agora o nosso povo armado
e da Praia Girón sabe a medida.

Do heróico triângulo em que cintila
a sua luz, a estrela como nunca brilha,
e ante o imperialismo não se humilha,
não se humilha jamais e nem se curva.

Já da liberdade das montanhas
é mais firme a luz que lança.
Se o ianqui nos invade, saberá
como é a chama desta estrela!

Nenhuma força haverá que a derrube
nem que lhe imponha jugos ou cadeias,
porque todo o seu fogo o recebe
da torrente viril das nossas veias.
E embora partida e feita em estilhas
essa estrela, a luz que ela derrama
sempre erguerá a redentora chama
sobre a morte e sobre as cinzas!


Manuel Navarro Luna

6 comentários:

  1. O teu poema de hoje só podia ser um, assim...
    Obrigada.

    Um beijo grande

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  2. "e ante o imperialismo não se humilha,
    não se humilha jamais e nem se curva."

    E fazê-lo durante 50 anos, é obra!

    Abraço

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  3. Com poesia também se faz a revolução.

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  4. E o poeta continua a ter razão! Cada vez mais!
    Abraço grande, amigo! Bom Ano!

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  5. “Nenhuma força haverá que a derrube”

    Viva o 50º aniversário da Revolução Cubana!
    Viva Cuba!

    GR

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  6. Maria: um beijo grande e que viva Cuba!

    samuel:... e, ao que parece, estão dispostos a continuar outros tantos...
    Um abraço.

    Antuã: «a poesia é uma arma carregada de futuro».
    Um abraço.

    justine: que saudades!...
    Bom ano!
    Um beijo.

    GR: Viva Cuba!
    Um beijo.

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