POEMA

A TRAIÇÃO


quando do cavalo de tróia saiu outro
cavalo de tróia e deste um outro
e destoutro um quarto cavalinho de
tróia tu pensaste que da barriguinha
do último já nada podia sair
e que tudo aquilo era como uma parábola
que algum brejeiro estivesse a contar-te
pois foi quando pegaste nessa espécie
de gato de tróia que do cavalo maior
saiu armada até aos dentes de formidável amor
a guerreira a que já trazia dentro de si
os quatro cavalões do vosso apocalipse


Alexandre O'Neill

7 comentários:

  1. Também não conhecia.
    Como este poema me traz à memória tantas outras coisas.

    GR

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  2. Muito belo!
    De luta, mais uma vez, como é preciso!

    Um beijo grande

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  3. Belo belo, é acordar e vir de mansinho ver o Cravo de Abril e dar com este poema.
    Obrigada pelo começo de dia!
    Bom dia para ti também.

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  4. AMIGOS PENSADOS : VATE 65

    Crocodiletante
    lacricrimejante
    ou vociferante
    ao cri-cri da crítica.

    Abaixo a política!

    Antes a poesia,
    que é coisa mais séria.

    Seria?

    Alexandre O´Neill

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  5. Boa escolha... Um Abraço

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  6. Venha conhecer os meus tios.

    Muito obrigada pela atenção.

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