POEMA

A PRIMEIRA PRISÃO...


A primeira prisão é a pele que nos veste,
a segunda a família que nos coube em sorte,
e, limitado a sul, limitado a norte,
limitado a leste, limitado a oeste,
em seguida o país,
em que habita uma gente
que o que faz ou não faz,
que o que diz ou não diz
nos marca para sempre, irremediavelmente.


Armindo Rodrigues

7 comentários:

  1. Fernando,
    Sem dúvida, de outra forma não seriamos nós, outro, talvez, de quem provavelmente estariamos impedidos de disfrutar.

    A revolução é hoje!

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  2. Mais ou menos irremediavelmente marcados, podemos sempre mudar o que se faz ou não faz, o que se diz ou não diz... mesmo rompendo a pele aqui ou ali.

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  3. Ainda assim outras prisões construidas á nossa volta metódicamente.
    Outras que destruimos, metódicamente, também.

    Beijos

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  4. Gosto muito do ritmo. Ele é mesmo um grande poeta!

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  5. É uma constactação poética, de uma situação verídica!
    O Armindo Rodrigues, tinha por hábito pensar.
    Abraço

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  6. Que nos marca bem para sempre...
    Um Abraço

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