POEMA

A NOSSA HUMANIDADE


Quando não deixarmos tudo nas mãos dos políticos
e os despojarmos de todas as auréolas míticas,
quando afirmarmos, convictos, que somos todos iguais
e ninguém nos diga que o axioma é falso,
quando resolvermos os problemas sentados a uma mesa
e, recusando a violência, aceitarmos o diálogo,
quando nos unirmos todos, se é um doido quem manda,
e o internarmos, decididos, em menos de uma semana,
quando as pessoas souberem de facto amar o seu próximo,
seja negro ou chinês, esquimó ou argelino,

então teremos alcançado o privilégio
da plena humanidade e verdadeira democracia.


Francesc Vallverdú

6 comentários:

  1. Bem sábias as palavras deste poeta e sociolinguísta catalão... Muito há para fazer ainda...
    Um Abraço

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  2. Que bonito!
    Por momento pareceu-me estar a ler o "Se" de Kipling...
    ...mas este é muito melhor!

    Um beijo grande

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  3. A receita é esta, nós já iniciámos a sua difícil execução, aguardamos que nos siguam!
    Abraço

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  4. Por acaso um escritor que aprecio imenso.
    Uma vez mais não desilude.

    um beijo

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  5. RITUAIS (5)

    E assim se começa, se pode
    começar a conhecer dos primeiros
    dos que disseram como fazer.
    Há uma história tão grande
    de erros que é preciso lembrar.

    Mas iniciemos nós no saber
    o que se quer.

    Deus, tantos deuses, cada
    um com sua exigência. Exemplos,
    deveres e métodos e todos
    com defeitos, nunca completos.
    Repetem-se e dizem-te: a
    verdade tem um caminho nos
    trilhos que fizeres.

    Quem pode
    assim saber por onde ir?

    Francisco António de Brito

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  6. ludo rex: muito há para fazer, ou seja: muito temos que fazer...
    Abraço amigo.

    maria: o sentido é outro...
    Um beijo grande.

    poesianopopular: temos que convence-los a seguir-nos...
    abraço grande.

    ana camarra: este é dos que não nos desiludem...
    Um beijo amigo.

    maria teresa: viva! viva!: regressou!
    Seja benvinda.
    Um beijo amigo.

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