POEMA

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Livre não sou, que nem a própria vida
mo consente.
Mas a minha aguerrida
teimosia
é quebrar dia a dia
um grilhão da corrente.

Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
que se afogou, e flutua
entre nenúfares de serenidade
depois de ter a lua.

Miguel Torga

7 comentários:

  1. Caro Camarada,

    Mais um belo poema escolhido.
    Sou um admirador da obra de Miguel Torga e fico contente por o relembrares.
    Miguel Torga representa aqui o Homem porque todo o Homem Traz dentro de si a liberdade como um destino, mesmo quando não o sabe.

    Obrigado

    Mário Figueiredo

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  2. ...se todos os homens soubessem que trazem dentro de si a liberdade!

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  3. Quantos dias serão pecisos para quebrar a corrente toda??

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  4. È preciso quebrar isto todos os dias.
    Miguel Torga é indispensavél!
    Obrigado.

    bjs

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  5. O Torga, claro como uma fraga desenhada contra o céu...

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  6. A liberdade pode ser não aceitar outra realidade, fazer da manipulação uma utopia, quebrar os muros até onde chegue a nossa voz!

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  7. Mário Figueiredo: Torga é um dos nosso grandes poetas.
    Um abraço.

    poesianopopular: e são muitos, já, os que sabem...
    Um abraço.

    justine: tantos quantos os necessários para as quebrar...
    Um beijo.

    ana camarra: quebrar as correntes sempre...
    Um beijo.

    samuel: boa definição.
    Um abraço.

    crn: pode ser isso tudo, sem dúvida - e também a consciência da necessidade de lutar por ela.
    Um abraço.

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