POEMA

AVISO

A noite que precedeu a sua morte
foi a mais breve de toda a sua vida
Pensar que estava vivo ainda
era um fogo no sangue até aos punhos
A sua força era tal que ele gemia
Foi quando atingia o fundo deste horror
que o seu rosto num sorriso se lhe abriu
Não tinha apenas um único camarada
mas sim milhões e milhões de camaradas
para o vingarem sim bem o sabia
E então para ele ergue-se a alvorada

Paul Éluard

6 comentários:

  1. A força destas palavras...
    Muito bonito!

    Um beijo

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  2. Um grito para continuarmos a Luta.
    Não! não estamos sozinhos.
    Emociona, este belíssimo poema.

    GR

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  3. A importância que tem o facto de saber-mos que não estamos sós, faz de cada um um gigante!

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  4. samuel, gr, maria, sal, josé manangão: está visto que estamos todos em sintonia...
    Abraços e beijos.

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