POEMA

REPORTAGEM ESPECIAL
PELO DIA INTERNACIONAL DA MULHER


Uma mulher se inflama.
Vinte anos e um corpo cheio de fogo.
Seu ventre palpita
seus peitos brancos erguidos e abrasados.
Contorcem-se as ancas
e fervem as coxas.
Anh Dai
tem o corpo aceso pela chama.
Mas não é o amor.
É o napalm.

Minerva Salado
(In Poesia Cubana da Revolução)

5 comentários:

  1. Nada melhor para caracterizar o horror extremo que caldeá-lo com o seu extremo oposto.

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  2. Fernando Samuel:
    no que te foste meter...
    Já te deram a devida resposta no meu último post... a campaniça e o mide..
    (como é que vais sair desta???)

    beijinhos

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  3. Acho que já reagi a um poema da mesma "família" deste, lá bem atrás...

    O poeta vai-nos abrindo os poros, os olhos, as narinas, para qualquer coisa muito, muito bela e de repente estala-nos o horror em cheio na cara.
    Arrepia e magoa, mas é preciso!
    Alguém leria poesia sobre o horror se este se fizesse "anunciar"?

    Abraço

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  4. Um poema agressivo, provocador
    Imaginamos a sensualidade da jovem mulher, desenhamos-lhe as formas.
    Depois, magoa-nos com um soco no estômago, como dói!
    A cabeça quase nos estala!
    Este poema é, um grito de alerta.

    Magnifico poema.

    GR

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  5. mide, sal, samuel, gr: pelos vistos, vai haver convívio na Guarda... e eu ainda não sei como vai ser.
    Abraços, beijos e bom espectáculo.

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